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O que é e como funciona o Serviço adicional Aeromédico oferecido pelos Planos de Saúde

 

O serviço aeromédico, também conhecido como UTI aérea ou ambulância aérea, é um tipo de transporte de pacientes em aeronaves (aviões ou helicópteros) especialmente equipadas com tecnologia médica avançada e uma equipe de saúde qualificada. O objetivo principal é remover pacientes em estado grave que necessitam de atendimento em um local com mais recursos médicos ou que precisam ser transferidos rapidamente entre unidades hospitalares.

 

O serviço aeromédico não é uma cobertura obrigatória do Rol de Procedimentos e Eventos da ANS para todos os planos de saúde. Geralmente, ele é oferecido pelas operadoras como um serviço opcional ou diferencial, presente em planos de categoria premium ou que o beneficiário contrata à parte, como um aditivo ao seu plano básico.

 

Aqui estão os principais aspectos de como ele funciona:

Indicação Médica: A necessidade do transporte aeromédico deve ser obrigatoriamente determinada e solicitada por um médico (o médico assistente do paciente no local de origem). Ele avaliará a gravidade do quadro clínico do paciente, a necessidade de um atendimento especializado indisponível no local e a distância que justifique o transporte aéreo.

Triagem e Avaliação da Operadora: Após a solicitação médica, a operadora de saúde (ou a empresa aeromédica contratada por ela) realiza uma triagem. Isso envolve:

Avaliação do estado clínico do paciente: Uma equipe médica da operadora (médico regulador) entra em contato com o médico assistente para entender o quadro do paciente e determinar a viabilidade e segurança do transporte aéreo.

Análise das condições logísticas e meteorológicas: Verificação da disponibilidade de aeronaves, equipe médica e condições climáticas para o voo.

Confirmação de vaga no hospital de destino: É crucial que haja um hospital de destino que possa receber o paciente e oferecer o tratamento necessário, e que esta vaga seja confirmada antes do transporte.

Aeronave Equipada como UTI: As aeronaves utilizadas (aviões a jato para longas distâncias ou helicópteros para distâncias menores e locais de difícil acesso) são equipadas como verdadeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) móveis. Elas contam com:

Maca com sistema de fixação seguro.

Respiradores, bombas de infusão, monitores cardíacos, desfibriladores.

Medicamentos e insumos para emergências.

Equipamentos para manter a temperatura estável (como incubadoras para recém-nascidos).

Equipe Médica Especializada: Uma equipe de saúde altamente qualificada acompanha o paciente durante todo o trajeto. Geralmente, essa equipe é composta por:

Médico (muitas vezes com especialização em urgência/emergência ou intensivismo).

Enfermeiro ou paramédico.

Em casos específicos (como neonatal), um neonatologista. Essa equipe monitora constantemente o estado de saúde do paciente, administra medicamentos e intervém em caso de qualquer intercorrência.

Serviço "Cama a Cama" (Bed to Bed): Um bom serviço aeromédico inclui o transporte terrestre do paciente entre o hospital de origem e o aeroporto, e do aeroporto de chegada até o hospital de destino. Isso garante a continuidade do cuidado sem interrupções.

Abrangência: O serviço pode ter abrangência nacional ou internacional, dependendo do que é contratado com a operadora. Para a maioria dos planos brasileiros, o foco é o transporte em território nacional.

Custo: O transporte aeromédico é um serviço de altíssimo custo, podendo variar de dezenas a centenas de milhares de reais, dependendo da distância, tipo de aeronave, complexidade do caso e equipe médica necessária. É por isso que ter essa cobertura no plano de saúde é um grande diferencial.

 

Quando o Serviço Aeromédico é Utilizado?

É acionado em situações de urgência ou emergência onde:

O paciente está em um local que não possui os recursos médicos necessários para o tratamento de seu caso (ex: cidade pequena sem UTI, hospital sem cirurgião especialista para o caso específico).

A distância até o hospital adequado é grande e o transporte terrestre levaria muito tempo, colocando a vida do paciente em risco.

O estado de saúde do paciente exige monitoramento intensivo e equipamentos que só podem ser transportados de forma aérea e segura.

Em casos de repatriamento, ou seja, quando o paciente precisa retornar à sua cidade de domicílio para continuidade do tratamento, e as condições clínicas permitem e justificam o transporte aéreo.

 

É fundamental verificar o contrato do seu plano de saúde para saber se o serviço aeromédico está incluído, quais são as condições de utilização, a abrangência geográfica e se há alguma coparticipação ou limite para esse tipo de serviço. Se for um serviço que você considera essencial, certifique-se de que ele esteja expressamente previsto no seu plano.

 

 

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